- Oct 2020
- Textos
- 2 minutos
O exercício contínuo de compreender o próprio funcionamento é fundamental para lidar com a realidade deste momento. A neurociência tem contribuído para trazer informações sobre como nosso cérebro trabalha e validar teorias sobre o funcionamento humano.
No ICP utilizamos a neurociência para expandir a compreensão de como o ser humano funciona promovendo autoconhecimento. Em “Emotional Inteligence Coaching”, Stephen Neale, Lisa Spencer-Arnell e Liz Wilson trazem uma metáfora potente de neurociência aplicada ao desenvolvimento humano, a qual traduzimos e adaptamos.
O leão e o domador
Imagine que um leão é uma parte do cérebro: o “cérebro emocional”. Se a raça humana tivesse surgido há 32 anos, este “cérebro emocional” existiria desde então.
Imagine que um domador de leão é uma outra parte do cérebro: o cérebro “que pensa”. Na mesma escala de tempo, acompanha a raça humana pelos últimos seis meses de existência (não desde o princípio).
Este “cérebro que pensa” é onde reside a capacidade humana efetiva de lidar com a realidade e a consciência, que são o início de qualquer processo de desenvolvimento. Com paciência, energia e persistência, o domador aprende a lidar com o leão de forma efetiva.
Já o “cérebro emocional”, o leão, é um animal poderoso e representa, na metáfora, milhares de operações automáticas que se realizam a cada segundo sem consciência. O leão existe muito tempo antes do domador e é capaz de tomar o controle da situação rapidamente.
O domador necessita tratar o leão com respeito e trabalhar em harmonia com ele para que a interação seja suave e segura. As consequências de o domador e o leão não estarem em harmonia podem ser prejudiciais e até catastróficas.
Isto pode explicar o motivo de decisões tomadas não serem levadas adiante. O “cérebro que pensa” decide sobre algo que você deseja, porém seu “cérebro emocional” governa um conjunto de emoções, atitudes e hábitos que podem não estar em harmonia com a lógica da decisão. Por isso o resultado esperado não acontece.
Em situações de alta incerteza e stress, o “cérebro emocional” tende a assumir o comando com ações impulsivas. O “cérebro que pensa”, por meio do autoconhecimento, adquire a capacidade de retomar o comando, criar harmonia e promover a gestão de comportamento efetivo.
Este é o desafio diário, mais do que nunca, neste momento que vivemos!
Quanto você tem investido em autoconhecimento para promover harmonia entre seu cérebro que pensa e seu cérebro emocional?